8.3.11

Sylvia Plath


Poemas são um mau começo: especialmente os mais complexos: eles me paralisam depressa demais por muito pouco. Melhor poemas curtos como exercício de descrição que não exijam desenvolvimento lógico ardiloso, verdadeiras armadilhas filosóficas. Pequenos poemas sobre o patim, a vaca ao luar, à Sow. Muito concretos, no sentido de que os mundos são personificados em minhas palavras, e não declarados em abstrações, ou em denotações espirituosas em três níveis claros. Descrições curtas nas quais as palavras tenham uma aura de poder místico: nomear o nome de uma característica: delgada, picante, lustrosa, chanfrada, lívida, luminosa, bojuda. Sempre nomeá-las em voz alta. Torná-las irrefutáveis.




Sylvia Plath, 17 de julho de 1957, começando um dia de trabalho. The Journals of Sylvia Plath.


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