28.12.17
27.12.17
26.12.17
1 poema de C.K. Williams
Butchers
23.12.17
21.12.17
17.12.17
16.12.17
14.12.17
13.12.17
A poesia de Elisabeth Veiga
Nome
Exércita, esse é o nome
da minha população
de corações.
Alvoroço, esse é o esqueleto
que me ergue o corpo
tiritante.
Adiante: vê
o mesmo que viu atrás
e o cansaço presente
para carregar. Não posso
jogar-me fora.
Sou um rastro que me obriga
a caminhar
e a perambular pelo teto
das tautologias
e dizer ao féretro:
ainda não,
com a garra quebrada
que maneja
a caneta-mariposa
como espada.
(A estalagem do som, 2007)
Perda
Da primeira vez que me quebraram
toda
dobrei os joelhos,
caí sem joelhos,
me dobrei toda sobre
o vazio dos braços.
Os ossos tiritavam,
a cabeça estalava
um sino:
toda um estaleiro
sem navios,
só pavios de viagem,
toda uma estalagem
bêbada de sombras
e sinas,
não sabia mais
quantas primaveras
fazem um cisne,
não sabia
beber a não ser
com as mãos em cuia,
eu era um pires
com a cara redonda
que os gatos lamberam
e fugiram,
um piano com febre
em desarticulação nervosa,
uma pátina derretida,
uma patavina
atarantada
com os caracóis da poeira
sumida no horizonte.
(Sonata para pandemônio, 2002)
7.12.17
1 poema de Fatimah Asghar
Pluto Shits on the Universe
On February 7, 1979, Pluto crossed over Neptune’s orbit and became the eighth planet from the sun for twenty years. A study in 1988 determined that Pluto’s path of orbit could never be accurately predicted. Labeled as “chaotic”, Pluto was later discredited from planet status in 2006.