25.11.15
16.11.15
10.11.15
5.11.15
8 poemas de Orides Fontela
Viagem
Viajar
mas não
para
viajar
mas sem
onde
sem rota sem ciclo sem círculo
sem finalidade possível.
Viajar
e nem sequer sonhar-se
esta viagem.
HAMLET
... mais filosofias
que coisas!
Esfinge
Não há perguntas. Selvagem
o silêncio cresce, difícil.
Tópicos de uma caleidoscópica escrita
O fluxo obriga
qualquer flor
a abrigar-se em si mesma
sem memória
qualquer flor
a abrigar-se em si mesma
sem memória
Meio-dia
Ao meio-dia a vida
É impossível.
A luz destrói os segredos:
A luz é crua contra os olhos
Ácida para o espírito.
A luz é demais para os homens.
(Porém como o saberias
Quando vieste à luz
De ti mesmo?)
Meio-dia! Meio-dia!
A vida é lúcida e impossível.
Meada
Uma trança desfaz-se:
calmamente as mãos
soltam os fios
inutilizam
o amorosamente tramado.
Uma trança desfaz-se:
as mãos buscam o fundo
da rede inesgotável
anulando a trama
e a forma.
Uma trança desfaz-se:
as mãos buscam o fim
do tempo e o início
de si mesmas, antes
da trama criada.
as mãos destroem, procurando-se
antes da trança e da memória.
Vemos por espelhos
e enigma
(mas haverá outra forma
de ver?)
O espelho dissolve
o tempo
o espelho aprofunda
o enigma
o espelho devora
a face.
METAFÍSICA
Peixe
pescado
pescado
Descobre o ar
Não volta
pra contar
(...)
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