23.4.05

Manicure


Fui atender uma ligação no celular ontem e senti um cheiro de cocô. Não era aquele cheiro forte de quando se pisa em merda e sai-se por aí carimbando a calçada, era algo mais sutil. Um cheiro leve mas decidido: era bosta, sem dúvida.

Cheirei a mão e lá estava o motivo. Debaixo do canto da unha, marotamente escondida, estava a prova orgânica da minha dedada matinal em Teresa. Se a Interpol precisasse me foder, nem precisava solicitar exame de DNA. Teresa tem um amarelo clarinho que é só dela.

É por essas e outras que sou um cara prevenido. Saquei do bolso do paletó minha escova de dentes, entrei no McDonald's mais próximo e fiz a higiene do dedo, cantinho por cantinho, bastante água e sabão.

Preciso parar com essas sacanagens na escada do prédio da empresa.


Jair Beirola, para quem aprecia pornoerotismo e escatologia com bom humor.

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